EDIÇÃO
ESPECIAL
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MS: recursos a clínicas de cursos
de Odonto para atender pacientes do SUS
O Ministério da Saúde anunciou, na última terça-feira
(5/8), novo programa
– o GraduaCEO - para incentivar investimentos em
clínicas nos cursos de odontologia de todo o País
para que estas possam receber pacientes do SUS. A
presidente da Abeno, Maria Celeste Morita, vem
participando dessas tratativas com os ministérios da
Saúde e da Educação e esteve presente na cerimônia em
Brasília (DF)
Profª Maria Celeste
Morita ( pres.Abeno) com Gilberto Pucca
(coord.nac.SB-MS) , Arthur Chioro (min. da Saúde),
Henrique Duque de Miranda (reitor da UFJF), Samir
Najjar (pres.CRO-DF), Ailton Morilhas (pres. CFO).
Foto: Mirela Lopes
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Os Ministérios da Saúde e da Educação apresentaram nesta
terça-feira (5) o Programa GraduaCEO de investimento em
clínicas nos cursos de odontologia de todo o País para
que estas possam receber pacientes do SUS. A expectativa
é que até o fim do ano 15 instituições tenham aderido ao
GraduaCEO. Isso representaria mais de 40 mil
atendimentos adicionais.
O montante inicial de investimento é de R$ 29,4 milhões,
suficientes para implantar 30 clínicas. Para participar,
os cursos precisam apresentar um projeto, a ser
avaliado pelo governo. Cada uma que aderir à iniciativa
receberá um incentivo de implantação de R$ 80 mil, além
de um custeio mensal variável entre R$ 25,2 mil e R$
103,3 mil mensais.
Segundo Gilberto Pucca Jr., coordenador geral de Saúde
Bucal do Ministério da Saúde, o programa visa a ajudar os estudantes a terem mais contato com os
procedimentos mais comuns na população brasileira, como
prevenção de cárie e restaurações de baixa complexidade,
além de oferecer mais atendimento odontológico à
população.
Eles atenderão com supervisão de professores, como já
ocorre.
Os alunos ainda terão a vantagem de ter acesso a
equipamentos que, em certos casos, teriam de ser
comprados com recursos próprios, o que representa uma
restrição para os alunos os de menor renda, segundo o
coordenador.
Este programa de instrumentais e materiais para os
estudantes de odontologia está sendo feito com a
contribuição da Abeno, que dimensionou os itens que
poderão vir a ser comprados pelas instituições de
ensino que aderirem ao programa. “Atualmente temos uma
grande diversidade nos materiais e instrumentais
utilizados pelas IESs. A formação em odontologia é cara
para o aluno, para a sua família e para toda a
sociedade. A criação de uma lista de referência é um
importante trabalho para reduzir esse limitador de
acesso”, diz a presidente da entidade.
Além da atenção básica, as clínicas ainda realizarão
procedimentos como cirurgias, tratamentos endodônticos ,
diagnósticos de câncer e tratamentos periodontais,
ortodontia e implantes dentários.
“Já existem parcerias municipais que fazem verba do SUS
ser repassada a clínicas odontológicas universitárias.
No entanto, o programa é o primeiro a fazer isso de
forma coordenada nacionalmente”, explica Pucca.
As clínicas de instituições públicas ainda receberão, da
Saúde, cadeiras odontológicas.
GraduaCEO
De acordo com o Ministério da Saúde, o GraduaCEO vai
permitir que alunos da graduação acompanhem os
procedimentos realizados pela rede pública, na esfera
das clínicas das instituições, desde o primeiro ano da
formação; e que alunos dos últimos anos da formação
participem do atendimento aos pacientes sob orientação.
A expectativa é que 15 universidades façam a adesão ao
GraduaCEO em 2014. Até o fim de 2015, o ministério prevê
R$ 2,4 milhões em investimentos na implantação de 30
clínicas odontológicas, além do custeio. O programa
deverá acrescentar 40 mil atendimentos na rede pública
este ano, com a adesão de 14 instituições públicas de
ensino. Segundo o ministério, essas instituições
atendem, em média, 5 mil pacientes por mês.
As clínicas das instituições de ensino deverão ofertar
cinco especialidades odontológicas, laboratório de
patologia, próteses dentárias e atendimentos básicos,
como aplicação de flúor. Além da prática, os estudantes
terão no currículo os princípios de cuidado integral do
SUS, de estratégias de humanização.
O SUS tem, hoje, 1.018 clínicas de atendimento de média
complexidade em odontologia, além das que entrarão com o
GraduaCEO.
Após a fase de implantação e desenvolvimento, o
GraduaCEO passará por avaliações in loco da qualidade do
serviço, pesquisa de satisfação e monitoramento da
produção por meio dos sistemas de informação do SUS. As
clínicas com atuação acima da média e muito acima da
média terão aumento no custeio e mais recursos para
investimentos no momento da renovação da adesão, a cada
24 meses.
O GraduaCEO passa a compor a Política Nacional de Saúde
Bucal, o Programa Brasil Sorridente, criado em 2004. No
País, existem hoje 1.018 centros de Especialidades
Odontológicas (CEO), 450 habilitados para atenção a
pessoas com deficiência, e 1.465 laboratórios de
próteses dentárias.
Próteses
Foi assinada também portaria do MS que destina R$ 4,9
milhões para confecção de próteses nos laboratórios
regionais de Próteses Dentárias. A medida beneficiará 76
municípios em 16 Estados.
Fontes: Agência Saúde e Abeno
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